Juntando as anotações do turismo cervejeiro da Patagônia, resolvi fazer uma compilação das 10 melhores experiências com cerveja na viagem. A ideia não é determinar as melhores cervejas produzidas na região, mas de compartilhar experiências muito positivas que tivemos na viagem, o que envolve não apenas a cerveja em si, mas o momento e o local em que ela foi degustada. Espero que, caso alguém visite as cervejarias da região, tenha também a ótima experiência que tivemos lá.
A lista abaixo não segue uma ordem de preferência. Se quiser ler mais sobre essas cervejas, basta clicar no nome da cervejaria.
Cerveja de framboesa da Cervejaria Blest: fruitbier é uma cerveja que me atrai bastante, mas sempre com um pouco de receio, pois pode ficar enjoativa e desequilibrada. Mas a cerveja de framboesa da Blest surpreende em equilíbrio e qualidade: parece um espumante rosé muito bem feito, bonita, aromática, frisante e bastante refrescante.
Cerveja Bock da Cervejaria Blest: pra quem gosta de malte, uma bock bem feita tem seu lugar, e a receita da Blest é sensacional, com fermentação neutra, uma boa carga de malte e corpo na medida, não deixando aquele residual enjoativo.
IPA Patagônica da Cervejaria Manush: uma IPA diferente, feita só com insumos locais, bem equilibrada e saborosa. O que mais impressionou foi a qualidade do amargor, com baixíssima aspereza.
Imperial Stout da Cervejaria Manush: cerveja intensa em tudo: aroma, sabor corpo. Negra, viscosa e com um cheiro delicioso de frutas vermelhas, chocolate e baunilha, dá pra beber de colher.
Scotch Ale da Cervejaria La Cruz: estilo negligenciado aqui no Brasil, mas feito por todas as cervejarias da região. A da La Cruz estava impecável, tomaria essa scotch tranquilamente no dia a dia.
Pilsen na Cervejaria Patagônia: o amigo Sandro, mestre-cervejeiro da Backer, costuma dizer que uma cervejaria tem que ter uma boa pilsen. E a Patagônia tem a dela. Mais do que isso: tem a cervejaria mais bonita que já visitamos, no alto de uma montanha com vista para o lago Moreno e a Cordilheira dos Andes. Passeio imperdível.
American IPA da Cervejaria Antares: a Antares é a principal microcervejaria argentina, possui bares nas principais cidades do país e tem ótimas cervejas. A IPA americana deles foi a melhor que provamos, muito aromática e com amargor bem equilibrado.
IPA Patagônica da Cervejaria Berlina: a cervejaria fica em Colónia Suiza, mas o pub fica na altura do km 15, próximo ao imponente Cerro Catedral. Tivemos sorte de pegar um dia com bastante sol e pouco vento (o que é raro nessa época) e sentamos na parte externa do bar com vista para o cerro. A IPA patagônica da Berlina é um pouco diferente da Manush, mas é difícil decidir qual é a melhor. Acho que dá empate.
Stout Export da Cervejaria Berlina: A stout é escura e com aroma e sabor de café e chocolate. Servida com nitrogênio, fica muito bonita no copo e é muito saborosa.
Chopes caseiros em Colónia Suiza: era dia de feira nesse povoado histórico e, para nossa surpresa, havia muitas barracas vendendo cerveja caseira (método totalmente artesanal). O dia estava bastante agradável, então fomos ficando e vendo o movimento. Das cervejas experimentadas, a american blonde da Navegantes foi a mais interessante e bem feita. Mas o melhor mesmo foi a possibilidade de experimentar cervejas caseiras e trocar experiências com cervejeiros nesse lugar onde parece que o tempo não passa.